domingo, 13 de abril de 2008

Chegar ao fim...


Num estudo efectuado nos Estados Unidos uma pergunta foi colocada: "Gostava de saber o dia em que irá morrer?"


96% responde não;

4% responde sim.


Conheci alguém que se incluia nos 4% que disseram sim, segundo ele porque se soubesse quando iria morrer viveria ao máximo, compraria tudo aquilo que sonhara, comeria tudo aquilo que ainda nao tinha comido, deitaria com todas as mulheres que pudesse... A ele foi-lhe mais tarde diagnosticado cancro e dito que eventualmente lhe restaria um ano de vida. Logo se arrependeu... preferia agora não saber qual o seu prazo de validade, porque agora já nao tinha vontade de gozar a vida. Ainda o tentou. Viajou, fez tudo aquilo que antes pensara mas que lhe faltara coragem. Não levou muito para perceber que afinal tudo aquilo que poderia dar sentido à sua passagem pelo Mundo o tivera sempre por perto e nunca o usufruira verdadeiramente. Percebera que o melhor que podia fazer era amar e ser amado. Viver os seus últimos momentos com a serenidade que a certeza da partida lhe pudesse proporcionar. Percebeu que a vida frágil que levamos só faz sentido se nos dedicarmos à pessoa que amamos. Morreu pouco tempo depois de ter percebido isto. Morreu quando ia fazer amor com a mulher da sua vida.